Aprender Português: é possível fazer mais rápido?

Você já parou para pensar quantas pessoas não sabem o mínimo necessário para usar a língua portuguesa no dia a dia? De um simples bilhete para um familiar, um aviso do condomínio, um e-mail para o chefe, até uma redação ou trabalho universitário — os erros de escrita estão presentes em TODO lugar.

A triste realidade é que você é julgado(a) pelos erros que comete, pela qualidade da sua escrita e até mesmo pelo jeito que fala.

Escrito pelo professor André Gazola

André Gazola é professor de redação e língua portuguesa há 15 anos, foi avaliador de redações do ENEM por 3 anos e já levou centenas de alunos à aprovação em cursos concorridos como Medicina e Engenharia, em universidades federais e privadas. Além disso, foi orientador de artigos e TCCs em cursos de graduação por 4 anos e hoje é um grande entusiasta da inteligência artificial aplicada à educação. Atualmente produz conteúdo sobre redação para o Youtube, Instagram e Tiktok, além de gerenciar seus próprios treinamentos: o Meu Sonho de Redação e o ProfGPT.

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Não importa se isso é injusto ou preconceituoso, o fato é que muitas oportunidades são perdidas todos os dias devido ao desconhecimento da língua portuguesa.

Eu lido com alunos todos os dias e por isso entendo as dificuldades que você possa ter. Sei que a escola, no geral, não nos prepara do jeito certo e que o português, muitas vezes, é ensinado de maneira tradicional, desconexa, com foco nas regras gramaticais que parecem não fazer sentido.

Eu entendo você, sabe? Aprender a escrever bem parece muito difícil, pois nunca fomos treinados para isso. No geral, ninguém nunca nos contou sobre a importância da escrita no mundo do trabalho, da universidade ou dos concursos públicos, só para citar 3 exemplos muito comuns.

Além disso, eu sei perfeitamente que essa ideia de “falar certo” é preconceituosa e elitista e que ninguém fala exatamente conforme as regras que estão nas gramáticas. Mas eu repito: o que fazer se, infelizmente, ainda somos julgados até pelo jeito de falar?

Esses dias eu andei lendo uma pesquisa que afirma que apenas 8% dos brasileiros entre 15 e 64 anos são capazes de expressar-se e de compreender (textos) plenamente. Ou seja, só essa pequena parcela domina de fato o português.

Um outro estudo chamado Analfabetismo no mundo do trabalho, uma parceria entre o Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Ativa, diz que a população tem 27% de analfabetos funcionais nessa faixa etária.

A pesquisa, que busca aprimorar os dados do Índice Nacional de Analfabetismo (Inaf), separa a população em 5 grupos: Analfabeto, Rudimentar, Elementar, Intermediário e Proficiente.

Apenas 8% chegam a este último.

Alguém “proficiente” é capaz de entender e elaborar textos de diferentes tipos, como mensagens (um e-mail), descrições (um verbete da Wikipédia) ou argumentação (como os editoriais de jornal ou artigos de opinião), além de ser capaz de opinar sobre o posicionamento ou estilo do autor do texto. É também apto a interpretar tabelas e gráficos.

Todos os dias, muitas pessoas escrevem para mim relatando problemas relacionados ao uso do português. A essas pessoas, sempre conto a história do meu aluno Maurício.

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A descoberta do português

Estudante Língua Portuguesa

O Maurício passou todo o Ensino Médio com aquela postura típica de grande parte dos alunos de hoje em dia: sem interesse nos estudos, achando que aquilo não servia para nada e que pensar no futuro era “careta” – que o importante era viver o agora e aproveitar a vida.

Ele passou pelo Ensino Médio (afinal hoje em dia não se reprova mais ninguém), entrou numa universidade privada (em que, convenhamos, qualquer um entra) e cursava Administração de Empresas.

Não demoraram sequer 2 meses até ele me procurar, desesperado, dizendo que 3 trabalhos escritos que ele tinha entregue até então tinham sido devolvidos pelos professores sem sequer uma nota, mas com recados do tipo “APRENDA A ESCREVER MELHOR” ou “MUITOS ERROS DE GRAMÁTICA”.

Eu dei uma olhada nos trabalhos e vi que realmente estavam repletos de erros de escrita: sem acentuação, com vírgulas nos lugares errados, crases incorretas, sem nenhuma concordância e tantos outros erros.

Eu ajudei o Maurício a corrigir aqueles 3 trabalhos, mas fiz um alerta:

— Você precisa estudar português e aprender a escrever direito.

Talvez tenha sido o primeiro momento em que ele começou a perceber a importância da língua portuguesa.

Cerca de duas semanas depois, ele conseguiu um estágio em uma empresa de móveis da região. Ele desempenharia várias funções no escritório, entre as quais responder e-mails de clientes.

Você consegue imaginar o que aconteceu?

No terceiro dia ele já recebeu uma dura advertência do chefe, pois havia cometido diversos erros de escrita em um e-mail enviado ao maior cliente da empresa, que lhe havia telefonado com um ar de deboche sobre o “novo estagiário”.

Enquanto isso, o resultado os trabalhos da faculdade continuavam os mesmos…

Foi numa tarde de sábado que o Maurício apareceu aqui em casa sem avisar. Eu vi que ele estava um pouco envergonhado, mas também muito determinado.

Ainda lembro do tom sério na voz:

— Professor, eu demorei, mas até que enfim descobri que não posso viver sem a língua portuguesa. Você me deu vários avisos, mas nunca dei bola. Tô até com vergonha, mas hoje eu vim aqui para pedir sua ajuda, só que não pra corrigir meus trabalhos. Eu quero aprender português de verdade.

Foi um momento bonito.

Primeiro eu dei algumas dicas gerais sobre os erros que ele cometia com mais frequência, mas o principal foi ter indicado o melhor curso de português que eu conheço, o Português Prático — ele foi para casa e já fez a inscrição.

Depois daquele dia, fiquei vários meses sem notícias do Maurício, até que numa noite, por volta das 22h30, logo depois de terminar minha aula, recebi um telefonema.

Era o Maurício, todo eufórico, dizendo que tinha acabado de receber um trabalho da faculdade com uma grande nota 10, sem nenhum erro de português. Além disso, contou que tinha sido efetivado na empresa de móveis e que já estava até sendo consultado pelos colegas para revisar textos de trabalho.

É possível aprender português

Aluna Sorrindo

Esse meu aluno nunca tinha se interessado pelo português, mas precisou levar alguns sustos para perceber a sua importância.

Como eu já disse, muita gente perde ótimas oportunidades diariamente por não dominar a escrita, além de serem julgadas por seu jeito de falar.

Para você que nunca tinha enxergado o português dessa forma, ainda há tempo!

Nunca é tarde para aprender, para melhorar e buscar novos horizontes.
Nunca é tarde para a superação, para buscar seus sonhos e novas oportunidades.
Nunca é tarde!

Antes de finalizar, quero recomendar o mesmo curso que indiquei para o Maurício: o curso Português Prático. Espero muito que você goste e lembre-se de mim quando alguém confiar em você para revisar um texto que ele ou ela escreveu.

É hora de agir!

http://portugues.pratico

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