25 fatos chocantes sobre o Ensino Médio americano

A medida que as crianças crescem e lutam por mais independência, muitos pais costumam conhecer e entender cada vez menos a vida dos filhos. Apesar disso, na maior parte das vezes, ser um processo natural, não significa que se deva deixar de lado até mesmo a vida dos jovens dentro da escola. Talvez você se surpreenda ao conhecer algumas estatísticas sobre a educação, condições de prédios escolares, salários de professores, e mesmo sobre a segurança dos jovens dentro das escolas. Talvez se surpreenda mais ainda ao saber que os dados abaixo são dos EUA, um país considerado de primeiro mundo.

A leitura é muito válida, principalmente para comparar as duas realidades — a do Brasil e a dos Estados Unidos — e analisar o atual estado de nosso sistema de ensino comparado ao de outros países.

Escrito pelo professor André Gazola

André Gazola é professor de redação e língua portuguesa há 15 anos, foi avaliador de redações do ENEM por 3 anos e já levou centenas de alunos à aprovação em cursos concorridos como Medicina e Engenharia, em universidades federais e privadas. Além disso, foi orientador de artigos e TCCs em cursos de graduação por 4 anos e hoje é um grande entusiasta da inteligência artificial aplicada à educação. Atualmente produz conteúdo sobre redação para o Youtube, Instagram e Tiktok, além de gerenciar seus próprios treinamentos: o Meu Sonho de Redação e o ProfGPT.

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Educação

De questões financeiras e estudantes sem as noções mais básicas, até novas maneiras de abordar alunos-problema, os seguintes fatos são sobre a educação no Ensino Médio.

  1. Subfinanciamento. Muitas escolas, principalmente as urbanas e as que atendem alunos de baixa renda, têm sérios problemas de falta de dinheiro, resultando em menos oportunidades de sucesso para os alunos. Em Chicago, mais dinheiro é gasto em acomodações para presos ($21,000 anualmente, cada um) que na educação de um aluno ($10,000 anualmente).
  2. Muitos alunos não têm qualquer conhecimento de história ou literatura. Um estudo realizado pelo Common Core indicou que um número chocante de alunos não possui conhecimentos básicos sobre literatura e história — mesmo sobre história recente. Em certos casos, metade deles, 50%, não sabia que a Primeira Guerra Mundial foi entre 1900 e 1950, não sabia quem foi Adolf Hitler ou quem era Édipo.
  3. Taxa de evasão. As taxas de evasão têm caído consideravelmente desde a década de 70, porém o número de estudantes desistentes ainda é grande. A taxa de evasão do Ensino Médio para garotos negros e hispânicos é a maior, com 11% e 23% respectivamente, comparada a apenas 6% para brancos. Garotos desistem muito mais que garotas.
  4. Condições físicas. 44% das escolas dizem que as condições físicas de seus prédios interferem no ensino em alguma medida. O problema mais comum é falta de ventiladores ou ar-condicionado (algo que, no Brasil, praticamente não existe em escolas). Os diretores têm reclamações quanto ao tamanho das salas, a má iluminação e qualidade do ar, além da impossibilidade de lidar com barulhos externos.
  5. Ensino a distância. Quando ouvimos a expressão ensino à distância, pensamos imediatamente no Ensino Superior. Surpreendentemente, mais e mais escolas de Ensino Médio estão incorporando essa forma de ensino em seus programas para reduzir problemas como superlotação, introduzir a possibilidade de agendas especiais conforme as necessidades dos alunos, ou oferecer aulas de reforço. Resultados de um estudo de 2008 mostraram que mais de 9 mil escolas já começaram a usar o ensino a distância como uma ferramenta.
  6. Salário dos professores. O salário médio de um professor é de $47,602 por ano, sendo que os novatos ganham em média $31,753 no mesmo período (note a abismal diferença em relação ao Brasil). Alguns professores ganham tão pouco quanto $28,590 por ano. A recomendação federal sobre a pobreza para um pai ou mãe solteiros com dois filhos é um salário anual de $18,310. Professores novatos e professores de cidades mais pobres estão ganhando apenas $10,000 (por ano) acima do nível de pobreza.
  7. Qualificações dos professores. A maioria dos professores de Ensino Médio são formados em sua área de atuação, alguns, inclusive, têm pós-graduação. A partir disso, é surpreendente saber que entre os professores de matemática, apenas 24% possui curso superior na área.
  8. Número de escolas com ensino alternativo. Escolas de ensino alternativo existem para oferecer educação usando métodos inovadores de modo a ajudar prevenir desistências, melhor servir comunidades específicas, permitir que pais e alunos escolham o tipo de educação que querem receber e ainda auxiliar estudantes de baixa performance. Diversos estudos têm demonstrado a maravilhosa eficácia desse tipo de escola, mesmo recebendo menos dinheiro que as outras. Uma pena que representem apenas 23% das escolas públicas, número que vem crescendo rapidamente.
  9. Educação vocacional. Nas décadas de 1980 e 1990, praticamente todas escolas de Ensino Médio tinham algum tipo de auxílio vocacional e até aulas de ensino técnico. Hoje, a educação vocacional está desaparecendo.
  10. Ensino superior. Apenas 66% dos que terminam o Ensino Médio vão para a faculdade (note mais uma incrível diferença em relação ao Brasil) imediatamente após se formarem. As chances de um aluno ir para a faculdade são maiores quando os pais possuem Ensino Superior.
  11. Desempenho acadêmico ao longo do tempo. Observando o desempenho dos estudantes com 17 anos do início da década de 1970 e comparando com o início do ano 2000, as notas médias de leitura são praticamente as mesmas, as de matemática melhoraram um pouco e as de ciências pioraram.
  12. Punições corporais. Apesar de as punições corporais estarem diminuindo bastante com os pais, sendo frequentemente desencorajadas por médicos e psicólogos, diversas escolas de Ensino Médio ainda as usam como forma de impor disciplina. 21 Estados permitem castigos físicos! E muitas escolas, inclusive, sequer precisam informar aos pais sobre tais castigos aplicados aos seus filhos.

Segurança dos alunos

Desde estupros, problemas com armas de fogo, até o conhecido bullying. Os fatos abaixo falam sobre a segurança — ou a falta dela — em escolas de Ensino Médio nos Estados Unidos.

  1. Relacionamentos perigosos. Um número alarmante de estudantes de Ensino Médio envolvidos no que eles chamam de relacionamentos sérios estão expostos a situações violentas ou potencialmente perigosas. 30% dos jovens preocupam-se sobre sua segurança e 20% afirmam terem sido alvo de maus tratos físicos por parte do parceiro. Um em cada cinco afirmam terem sofrido ameaças do parceiro ao mencionarem a hipótese de separação.
  2. Alcoolismo. O abuso de bebidas alcoólicas, mesmo que nem sempre aconteça dentro das escolas, está certamente relacionado a coisas que acontecem lá. Uma estatística indicou que 25% dos jovens com 17 anos já tiveram problemas com excesso de bebidas alcoólicas.
  3. Suicídio. Essa é a 11ª maior causa de mortes na America, a frente do assassinato, que é a 15ª. Além disso, o suicídio é a 3ª maior causa de morte entre adolescentes. Armas de fogo são o método mais utilizado, ocorrendo em 55% dos casos.
  4. Bullying. Mesmo que o bullying no Ensino Médio diminua após o pico do Ensino Fundamental, ele ainda ocorre. Algumas estatísticas mostram que mais de 75% dos estudantes já foram alvo de bullying. Essas vítimas têm muito mais chances de desenvolver doenças como depressão e problemas de autoestima, enquanto os praticantes têm mais chances de desenvolver comportamentos criminosos.
  5. Violência na escola. Embora a maioria dos tiroteios em escolas que vieram à mídia tenham acontecido em zonas rurais, o fato é que há mais violência nas escolas urbanas que nas rurais. 84% dessa violência envolve armas de fogo.
  6. Armas de fogo na escola. Um dos pensamentos que mais amedronta os pais é o de um estudante armado dentro da escola do filho. No ano de 2003, 1256 estudantes de Ensino Médio foram expulsos por porte de armas de fogo na escola.
  7. Redução da violência91% das escolas usam algum tipo de programa individualizado que inclui métodos como aconselhamento, tutoria, ou outro tipo de acompanhamento especializado como forma de tentar reduzir a violência.
  8. Detectores de metal. Apesar da necessidade eminente, apenas 2.6% das escolas de Ensino Médio possuem detectores de metal. E apenas 36,4% têm portões fechados ou monitorados.
  9. Gangues. Em escolas em que gangues estão presentes, a taxa de violência salta de 2,7% para 7,5%. A ideia de que só existem gangues nas cidades é falsa, há gangues sendo formadas em zonas suburbanas e rurais também.
  10. Drogas. No site Teen Drug Abuse, uma estatística mostra que 60% dos adolescentes entrevistados disseram que drogas são vendidas, usadas, ou mantidas dentro de suas escolas. Outra estatística diz que 20% dos alunos de oitava série já fizeram uso de maconha e 28% conhecem alguém que já usou ecstasy.
  11. Atividade sexual. Os pais podem ficar chocados ao saberem que 46% dos adolescentes de um estudo realizado pela CDC afirmaram que já tiveram relações sexuais ao menos uma vez. Se os pais continuarem acreditando que seus filhinhos nunca farão sexo e não os alertarem sobre os perigos das DST e os riscos de gravidez, eles logo estarão enfrentando problemas mais sérios que a desonestidade dos jovens.
  12. Estupro. De acordo com um estudo, em 38% dos estupros as vítimas são garotas entre 14 e 17 anos. Além disso, 6 a cada 10 estupros de mulheres jovens acontece dentro de sua própria casa ou na casa de amigos ou conhecidos. Essas estatísticas indicam que alguns dos relacionamentos formados no Ensino Médio são potencialmente perigosos.
  13. Fumantes. O cigarro entre os jovens é mais comum do que você pode imaginar. Um estudo com jovens de Ensino Médio indicou que 28% fuma. Outro estudo mostrou que 4,5 milhões de jovens são fumantes.

Tradução livre e adaptada de 25 Shocking Facts About American High Schools

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